Em anúncio recente, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou que a partir de setembro de 2021 a conta de luz dos brasileiros vai ficar ainda mais cara. Com a criação da nova bandeira de Escassez Hídrica o valor cobrado a cada 100 kWh que antes era de R$ 9,49 passa a ser de R$ 14,20.
O objetivo das bandeiras tarifárias é compensar os gastos extras com o uso de usinas termelétricas. Pois têm um custo mais alto de geração de geração de energia. As termelétricas estão sendo utilizadas por causa da seca, que diminuiu o reservatório de hidrelétricas e prejudicou a geração de energia. O país vive a pior crise hídrica dos últimos 90 anos.
De acordo com estimativas da própria Aneel, o impacto final na conta de luz será de 6,78% na tarifa média. E essa cobrança valerá para todos os consumidores durante o período de setembro de 2021 até abril de 2022.
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Sistema de bandeiras na conta de luz
Desde 2015, as contas de luz passaram a considerar o Sistema de Bandeiras, composto pelas modalidades: verde, amarela e vermelha. Essas cores indicam se haverá ou não valor a ser repassado ao consumidor final em função das condições de geração de eletricidade. Se temos poucas chuvas e as termelétricas estão acionadas, o custo sobe e adotamos a bandeira amarela ou vermelha. Se os reservatórios estão cheios, não usamos as termelétricas e a bandeira é verde.
Por outro lado, o governo anunciou um programa que vai dar descontos aos consumidores residenciais e pequenos negócios que reduzirem de forma voluntária o consumo de energia. O benefício será para os consumidores que economizarem de 10% a 20% em relação ao mesmo período de 2020. O desconto é de R$ 0,50 por cada kWh do volume de energia economizado dentro da meta de 10% a 20%.
A comparação será feita com base no somatório do consumo acumulado entre setembro e dezembro de 2021, na comparação com a soma das mesmas quatro faturas de 2020.