Apesar da pandemia que viabilizou o fechamento das lojas físicas, o comércio online tinha em média, apenas 9,2% da receita total; hoje são incríveis 21,2%
Esse aumento significativo na participação de lucro e faturamento das empresas do comércio decorre do fechamento obrigatório das lojas físicas causado pela pandemia. Antes mesmo da crise sanitária as vendas do comércio online já tinham em média 9,12% da fatia total da receita. Já em Julho de 2020, no início da pandemia, as vendas online tiveram um salto e chegaram a 21,2% em Junho deste ano.
As vendas online, de acordo com os critérios adotados pelo estudo, incluem os negócios fechados no site, no aplicativo da loja e por WhatsApp.
A pressa pela digitalização ocorreu sistematicamente de maneira padrão em empresas de todos os tamanhos: pequenas, média e grandes. Com a reabertura das lojas físicas, talvez tenhamos alguma correção nessa porcentagem nos próximos meses, mas a maioria das alterações no consumo vieram para ficar.
Impacto Positivo no comércio online
As empresas que são mais presentes no digital estão à frente das menos digitalizadas no quesito de vendas. a partir do fim do ano passado, quando a recuperação do comércio foi puxada pelos comércios que as vendas do online respondiam por uma fatia maior do que a média dos setor, colocando em pauta também o nível de demanda atual.
Mais um momento foi no início deste ano, com a segunda onda da pandemia. O estudo mostra que todo o varejo foi afetado por causa das restrições mais severas ao funcionamento das lojas físicas. No entanto, as companhias com participação das vendas online no faturamento acima da média do mercado sofreram menos e registram uma demanda ainda importante por seus produtos.
Através de uma sondagem da FGV hoje sabemos que 49,7% das empresas não faziam nenhum tipo de venda online anteriormente a pandemia. Já em Julho do ano passado, passaram para 28,4% e em Junho este ano estava em 20,2%.
Imagem: Google Imagens (Comércio Online)
Este número incrível demonstra que quase 80% de todos comércios varejistas já fazem o uso de meios digitais para venda. Um número ainda mais significativo para as empresas de maior porte, nelas 90% das empresas estão em diversos canais online. Empresas menores ainda tentam se manter longe da digitalização e quase 30% ficam “offline” focando somente em lojas físicas.
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Hoje 40% das vendas da Novo Mundo são online
Uma empresa com início em 1956, em Goiânia (GO), a rede Novo Mundo, especializada na venda móveis e eletroeletrônicos, se tornou mais uma das empresas que viram a oportunidade na pandemia para acelerar sua participação no meio digital.
Antes da pandemia o online da empresa em questão representava 22% do faturamento total e hoje corresponde por 40%. São vendas feitas pelo aplicativo da loja, site, WhatsApp e todos os negócios fechados a maioria foi influenciado pelo meio digital.
A venda do online cresceu 58% no ano passado, e em comparação com 2019 garante que o fechamento das lojas físicas por conta da crise gerada pela pandemia não afetasse como um todo a empresa. A Grande diferença vem na representação da importância do digital.
As vendas online e as das lojas físicas passaram a atuar de forma integrada, com o consumidor podendo comprar no site e retirar na loja ou escolher na loja e comprar no site. E mais, as lojas físicas se tornaram pequenos centros de distribuição, dando mais agilidade às entregas das compras feitas online.
A transformação digital de todas as lojas físicas, tão sonhada por muitas empresas em ser multicanal custaram aos cofres da companhia cerca de R$ 75 milhões. Com a mitigação da pandemia, no mês passado, a Novo Mundo retomou o plano de abertura de lojas. Foram cinco novos pontos de venda já em setembro. A empresa, que em 2021 tem expectativa de faturar R$ 1,2 bilhão, pretende abrir mais três lojas até dezembro de 2022.
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