Despesas fixas e variáveis: o que são e quais as diferenças?

Para conseguir ter uma vida financeira saudável, é preciso entender e saber quais são as despesas fixas e variáveis.

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Ou seja, quais são os gastos que você tem durante um período e que impactam diretamente no seu orçamento. 

Nesse sentido, para te ajudar a saber como controlar os dois tipos de despesas, preparamos este artigo com as principais diferenças entre uma e outra. Além disso, você também verá algumas dicas de organização financeira para  conseguir sair do vermelho, se for o seu caso. Continue a leitura!  

O que são as despesas fixas?

As despesas fixas, como o nome sugere, é o tipo de despesa que você paga sempre o mesmo valor, ou um valor com pouquíssima variação, independente da quantidade de uso.

Um exemplo bem simples é quando você faz a assinatura de um plano de tv à cabo, durante o período contratado você pagará um valor X mesmo que não assista todos os canais e nem por todos os dias.

Esse valor será alterado caso você faça a mudança de plano ou caso o seu contrato termine, e para continuar usufruindo do produto, você tenha que pagar um novo valor. 

 

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O que são despesas variáveis?

Por outro lado, as despesas variáveis são aquelas que sofrem alteração no valor conforme a quantidade de consumo.

Um tipo muito comum de exemplo de despesa variável é a conta de energia elétrica, pois é algo cujo valor final está relacionado à quantidade de consumo.

E quanto maior for o consumo de energia, maior será o valor da conta que você precisará pagar em um determinado mês.

 

(Imagem: Pexels)

 

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Despesas fixas e variáveis: qual a diferença?

Agora que você já sabe a definição de despesas fixas e variáveis, é possível entender que a diferença entre uma e outra é que em uma você tem a previsão de quando precisará gastar e a outra não, pois envolve outros fatores.

Sendo assim, é importante que você separe quais são as despesas que mudam de valor conforme você consome, utiliza ou frequenta, das que não se alteraram ou tem uma alteração muito pouca de acordo com o uso.

Para que você entenda melhor como separar cada despesa, separamos alguns exemplos de despesas fixas e variáveis nos tópicos abaixo.

Exemplos de despesas fixas

Veja alguns exemplos de despesas que podem ser classificadas como fixas:

  • Compras parceladas (celular, geladeira, fogão, etc);
  • Parcelas de empréstimos (empréstimo consignado ou pessoal);
  • Pagamento da mensalidade da academia;
  • Pagamento da mensalidade da faculdade;
  • Pagamento de aluguel e condomínio;
  • Planos de saúde e odontológico;
  • Plano funerário;
  • Serviços por assinatura (internet, plataformas de músicas e filmes, etc);
  • Clubes de assinaturas (produtos de beleza, produtos para pet, livros, etc);
  • Mensalidade de serviços particulares (professor de idioma, contador, cursos, psicóloga), entre outros

 

Exemplo de despesas variáveis

Confira outros exemplos de despesas que podem ser classificadas como variáveis:

  • Conta de água;
  • Conta de energia elétrica;
  • Restaurantes e bares físicos e online;
  • Produtos de limpeza;
  • Cuidados pessoais e de higiene;
  • Presentes;
  • Estacionamento;
  • Combustível;
  • Farmácia;
  • Serviços de aplicativos de locomoção;
  • Ingressos para eventos e festivais;
  • Passeios e viagens;
  • Utensílios domésticos e de decoração;
  • Vestuário em geral; entre outros.

 

Planejamento financeiro e despesas: como gerenciar as contas pessoais?

Ter uma vida financeira saudável está diretamente relacionada a ter um bom planejamento financeiro pessoal.

Afinal, para que você possa realizar novos projetos como, comprar um carro, fazer uma viagem ou criar uma reserva de emergência, é preciso saber quais são as suas despesas fixas e variáveis.

Isso porque, no momento em que você souber quais são os tipos das suas despesas, poderá identificar quais podem ser reduzidas e, assim, melhorar o seu orçamento pessoal.

Por exemplo, se ao fazer a anotação das suas despesas variáveis você perceber que está gastando muito com entrega de comida em casa, você poderá traçar um plano de ação para reduzir esses gastos e empregar uma parte desse dinheiro nas compras mensais de alimentos e outra parte em uma reserva de emergência.

Por isso a importância de saber identificar quais são os gastos fixos e quais são os gastos relacionados ao seu estilo de vida, que podem ser reduzidos ou, até mesmo, eliminados.

No próximo tópico você verá algumas dicas financeiras que separamos para te ajudar a ter uma boa organização das suas finanças.

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Reúna todas as despesas e identifique os tipos

Ao reunir e verificar as suas despesas fixas e variáveis, você consegue identificar quais são as despesas que não são exatamente necessárias e que você pode reduzir e eliminar do seu orçamento.

Elimine algumas despesas

Ao separar as despesas fixas, tente cortar os serviços por assinatura como as plataformas de músicas e filmes.

Já ao identificar as despesas variáveis, tente eliminar os pagamentos de clubes de assinaturas como livros, produtos de beleza, produtos para pet, etc.

Reduza as despesas essenciais 

Caso você ainda esteja passando por dificuldades financeiras mesmo após ter eliminado gastos desnecessários do seu orçamento, o próximo passo é tentar reduzir as despesas variáveis essenciais.

Na categoria de despesas variáveis essenciais estão a conta de energia elétrica, de água, gastos com alimentação, entre outros. 

Ou seja, são despesas que você precisa ter para sua sobrevivência, mas que podem ser reduzidas de acordo com a forma de consumo.

 

Defina um teto para as despesas

Existem algumas ferramentas de controle financeiro e alguns métodos que ajudam a equilibrar a renda e controlar os gastos, como é o caso do método 50-30-20.

O método determina que 50% da sua renda seja destinada para os gastos essenciais, como moradia, água, energia, alimentação, entre outros. Os gastos relacionados ao estilo de vida ocupam 30% da sua renda mensal. Ou seja, 30% da sua renda vai para gastos variáveis.

E os últimos 20% da renda é direcionada para seus objetivos financeiros, como a criação de reserva de emergência, investimentos, entre outros. Para exemplificar, vamos supor que a sua renda mensal seja de R$ 3.000,00. 

Sendo assim, R$ 1.500,00, que correspondem a 50%, vão para os gastos fixos, R$ 900,00 vão para os gastos variáveis, ou seja, 30%, e R$ 600,00 vão para os objetivos financeiros, os 20% restantes. Se mesmo assim, após todas as eliminações e reduções de despesas, você não conseguir encontrar um equilíbrio na sua vida financeira, uma opção é fazer renda extra.

 

Faça renda extra

O dinheiro da renda extra pode vir de diversas formas:

  • Fazendo um bazar para vender roupas e objetos que você não usa mais;
  • Monetizando uma habilidade que você tenha;
  • Vendendo produtos de revistas de beleza;
  • Alugando um quarto da sua casa (se for possível);
  • Alugando seu carro para motoristas de aplicativos de locomoção;
  • Hospedando e passeando com cachorros;
  • Tornando-se afiliado de cursos e serviços online;
  • Dando consultoria de viagens;
  • Criando peças e produtos artesanais;
  • entre inúmeras outras possibilidades.

Além disso, outra forma de ter uma grana extra é fazendo a antecipação do saque-aniversário, enquanto ainda há tempo.

Isso porque há a possibilidade da modalidade de saque-aniversário ser desativada no mês de março, conforme dito pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT). E como um dos requisitos para contratar a antecipação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é de que a modalidade saque-aniversário esteja ativa, impossibilitando as contratações de acontecerem.

Crie o hábito de acompanhar suas despesas

Crie o hábito de anotar todos as suas despesas mensais, seja em um caderno ou em uma planilha financeira.

Ou seja, assim, você consegue destinar um valor muito maior para o seu objetivo financeiro, que pode ser criar uma reserva de emergência, quitar dívidas que estejam em atraso, fazer uma viagem, etc.

Esperamos que você tenha conseguido entender a diferença entre despesas fixas e variáveis, a importância de identificar e classificar cada uma delas, e como fazer um orçamento familiar ou pessoal.


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Pedro Martins
Comecei minha jornada de investimento aos 18 anos e, ao longo dos anos, construí um portfólio diversificado. Meu objetivo é compartilhar meu conhecimento sobre investimentos, negociação de ações e desenvolvimento de riqueza.