Como calcular compra em dólar no cartão de crédito quando vai viajar para o exterior ou fazer compras em sites estrangeiros? O cartão de crédito pode ser um grande aliado, mas você precisa saber calcular a conversão do dólar no cartão.
Afinal, muitos bancos oferecem cartões internacionais ou possuem o “modo viagem”. Essas ferramentas permitem que você faça compras em moedas estrangeiras. No entanto, apesar da facilidade, assim como tudo que envolve dinheiro e bancos, é preciso ter atenção e para não acabar pagando mais caro, é importante saber como esse mecanismo funciona e como é feita a cotação do dólar que chega na fatura.
Como calcular compra em dólar no cartão de crédito?
Na hora de converter dólar no cartão de crédito, é importante saber que cada instituição financeira cobra um valor. Além disso, os bancos ainda incluem uma sobretaxa (também conhecida como spread ou ágio) e usam uma cotação oficial como referência.
O câmbio oficial utilizado como referência costuma ser o Dólar Ptax, calculado diariamente pelo Banco Central, já a sobretaxa costuma ficar entre 2% e 5%. Ou seja, o dólar cobrado na conversão geralmente é o Ptax acrescido deste percentual. Mas, reforçando, isso pode mudar de banco para banco, então confira bem as regras do seu antes de usar o cartão.
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O que é Dólar PTAX?
De forma resumida, a cotação Ptax é a média das taxas de compra e venda da moeda ao longo do dia. Ela é utilizada em diversos produtos do mercado de câmbio, como:
- Contratos futuros;
- De opções de câmbio listados na Bolsa de Valores;
- Contratos derivativos de balcão negociados no mercado local e no exterior;
- Operações financeiras de empresas no segmento de câmbio com entrega física;
- Contratos denominados em real em bolsas de mercadorias no exterior, como a Chicago Mercantile Exchange (CME) dos EUA.
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E, na prática, também é a principal referência de cotação para pesquisadores, analistas econômicos e o público em geral.
Como calcular compra em dólar: é usado no dia da compra ou do fechamento da fatura?
Visto que, o dólar levado em consideração pelo cartão de crédito internacional deve ser o do dia da compra. Essa é uma regra do Banco Central, vigente desde março de 2020.
Assim, caso o seu banco esteja cobrando o dólar do fechamento da fatura, saiba que você pode recorrer a isso.
Tem imposto também: IOF
Além do dólar Ptax com a sobretaxa, a compra internacional em moeda estrangeira está sujeita a tributação. O Imposto sobre Operações Financeiras, ou simplesmente IOF, tem alíquota de 6,38% para compras em dólar no cartão.
Então, não deixe de fazer esse cálculo para saber se a compra vale ou não a pena, ok?
Cotação do dólar no cartão de crédito
Como dissemos, apesar de a maioria das instituições considerar o dólar cartão de crédito de sobretaxa Ptax, não são todas. Cada instituição tem direito a utilizar suas próprias regras. Por isso, é importante que você fique atento às informações do seu banco sobre esse assunto.
Ou seja, a maioria das administradoras de cartão de crédito informa as cotações pela internet ou pelo aplicativo, veja onde encontrar essa informação:
- Banco do Brasil;
- Banco Inter;
- Bradesco;
- BV;
- C6;
- Caixa;
- Itaú (ITUB4);
- Nubank;
- Pan;
- Porto Seguro;
- Safra;
- Santander;
- Sicoob;
- Sicredi.
Vale a pena fazer compras em dólar no cartão?
Se compararmos os custos do valor do dólar para compra internacional via cartão de crédito e via dinheiro em espécie, a segunda opção é mais vantajosa. O IOF, por exemplo, é de 6,38% no cartão. Contra apenas 1,1% para a compra da moeda em espécie. Dependendo do valor da compra, isso dá muita diferença.
Além disso, lembre-se de que muitas instituições financeiras cobram a sobretaxa na cotação do dólar. E ela pode chegar a 5% (ou mais) do valor do dólar do dia.
Em resumo: ainda que o valor do Dólar Ptax (referência para o cartão), seja menor que o do Dólar Turismo (usado na compra em espécie), é bom ficar atento. É claro que o cartão garante maior comodidade e segurança, afinal, viajar com muito dinheiro em espécie não é recomendado.
E também existem cartões que oferecem bons programas de pontuação, que acabam fazendo valer a pena. Por isso é preciso avaliar caso a caso.
Cartão pré-pago
Uma boa saída pode ser comprar cartões pré-pagos em casas de câmbio. São cartões que você pode usar em qualquer maquininha e funcionam na função débito.
Nesse caso, em vez de você comprar as moedas em espécie, você compra em um cartão. Então, pode usar aquela quantia pré-paga com maior segurança.
De toda forma, esses cartões também têm taxas, a serem pagas para a casa de câmbio. Confira se essas taxas são inferiores às do seu cartão de crédito.
Contas internacionais em dólar
Outra opção interessante disponibilizada de forma cada vez mais abrangente são as contas internacionais em dólar. Ou seja, daqui mesmo e usando um banco ou instituição nacional, você pode ter uma conta para movimentação em dólar.
Em muitos casos, a cotação usada para a conversão é próxima da cotação do dólar comercial. Mas é bom olhar com cuidado nisso também, pois pode variar. Os cartões que possuem benefícios podem ter uma relação custo-benefício melhor. Ainda assim, merecem atenção.
Muitos usuários acabam pontuando bastante nas compras internacionais. No entanto, não se dão conta de que o spread é maior que o dos concorrentes.
Dólar para compra internacional
Caso você compre dólar físico para fazer compras internacionais, será vendido a você o dólar turismo. É um valor de conversão de moeda diferente do dólar Ptax, do cartão de crédito, que é uma média dos valores das transações de dólar.
Lembre-se de se atentar a essas diferenças na hora de fazer as contas sobre os custos da sua viagem, compare os valores em diferentes casas de câmbio e certifique-se de que elas são legalizadas.
Conclusão
É muito importante que você conheça bem as regras de uso do seu cartão de crédito. Desde a questão operacional até às taxas. Ademais, a cotação do dólar no cartão de crédito precisa ser analisada com atenção.
Considere questionar sua administradora de cartão e comparar os valores praticados com outros concorrentes. Por fim, lembre-se de que há cobrança de IOF e que, com o surgimento das fintechs, muitas alternativas podem ser mais interessantes.
